UM MERGULHO NA 48ª MOSTRA INTERNACIONAL DE CINEMA
Por Newton Fusetti
Imagine começar o dia explorando um pouco da europa e terminar a noite imerso na cultura vibrante do Sul da Ásia? No mais renomado festival de cinema de São Paulo, essa jornada ao redor do mundo é possível
Todos os anos no mês de outubro, ocorre a Mostra Internacional de São Paulo. Estando em sua 48ª edição, a Mostra é uma grande oportunidade para fugir do circuito comercial de cinema e conhecer ainda mais outros filmes e culturas. Na edição deste ano, mais de 400 filmes de diversos países foram selecionados
Pôster da 48º mostra internacional de cinema
UM DIA NA MOSTRA
Durante a noite de 26 de outubro, pude vivenciar mais um ano a experiência de participar. Mesmo com ingressos concorridos, principalmente para filmes como Ainda Estou Aqui, longa brasileiro selecionado para o Oscar, ou até mesmo o grandioso Megalopolis.
Naquela manhã comecei o dia com o filme O Pardal na Chaminé, um filme suiço, dirigido por Ramon Zucher. O filme do diretor tenta propor um drama familiar, mas a abordagem um tanto pedante, arrastada e com seus simbolismos extenuantes, acabaram por deixar a plateia um pouco dividida, quem sabe até decepcionada. O mergulho cultural, porém, é sempre válido quando se trata de conhecer novos filmes e diretores. Ao final de cada sessão, os espectadores podem dar notas aos filmes assistidos.
Já durante a noite, a cinemateca brasileira viveu uma noite Indiana. De Chai a comidas típicas do país, à uma apresentação de bloco Bollywood, além de representantes indianos e, claro, a atração principal da noite, o filme: Tudo Que Imaginamos como Luz.
Antes mesmo do início da sessão, a mistura de culturas ali presente transbordava pelas salas da cinemateca. Das comidas à empanadas argentinas, vimos culturas, estilos e crenças convivendo de uma forma digna de uma metrópole como São Paulo.
Próximo ao início da exibição do filme, o Bloco Bollywood realizou uma linda apresentação, tirando palmas e aplausos incansáveis da plateia lotada no espaço Petrobras.
Cinemateca Espaço Petrobras - Apresentação do Bloco Bollywood antes da exibição do filme Tudo Que Imaginamos Como Luz, de Payal Kapadia | Foto: Mario Miranda Filho/Agência Foto"
O FILME:
O longa da diretora Payal Kapadia, que venceu o prêmio do Júri Festival de Cannes, foi selecionado na competição de novos diretores na 48º Mostra Int. de cinema.
Em uma Mumbai pulsante e opressora, a rotina da enfermeira Prabha se transforma quando ela recebe um presente inesperado do ex-marido. Sua colega de quarto, a jovem Anu, tenta em vão encontrar um lugar na cidade onde possa ter alguma intimidade com o namorado.
Essas duas histórias exploram e aprofundam os conflitos internos de suas personagens ao revelar um contraste entre a busca por afeto de Prabha, e o peso cultural que impede Anu de realizar seus desejos.
Tão interessante quanto o longa, ver as similaridades e diferenças entre a cultura brasileira e indiana, tanto nos assuntos tratados, como o cotidiano vivido em uma metrópole, Mumbai e São Paulo se mostraram tão parecidas em suas virtudes e mazelas; a crise imobiliária, a duro rotina da mulher comum e em como uma grande cidade nos consome, com a urgência e ritmo que impõe sobre cada um de nós.
Ao sair da sala, o cheiro do tempero das Samosas (um típico bolinho indiano, parecido com as nossas coxinhas) que eram distribuídas aos presentes, invadia toda a cinemateca, tornando a imersão na cultura ainda mais viva. Durante aquela noite de outubro ficou provado que a Índia é o Brasil, e o Brasil é a Índia.
Ao final do evento, junto da garoa fina que caía sobre o teto de vidro, iluminados pela luz vermelha dos corredores do espaço da Cinemateca, aguardei a van que foi disponibilizada para o translado até as estações de metrô. Vivenciar aquele dia, recheado de cultura, fez valer a pena viver na cidade de São Paulo.
Vale salientar que toda essa experiência aqui relatada, foi vivida em apenas um dia de uma Mostra que acontece praticamente durante o mês inteiro de outubro. Se você mora ou não em São Paulo, mas ainda não teve a oportunidade de participar, fique atento para não perder no ano que vem.
Já no caminho para casa, ao entrar na van, alguns tripulantes conversavam sobre o filme, outros falavam aleatoriedades, até que um casal levantou o questionamento entre eles: “após assistir todos os filmes da Marvel, qual o seu herói favorito”? Essa é a beleza da diversidade da Mostra de cinema de São Paulo. Agora o que nos resta é aguardar pela próxima edição. Qual diretor será homenageado? Quais filmes passarão? Que venha a 49ª edição!
C6 FESTIVAL
Por MILTON ALVES
A segunda edição do C6 Fest aconteceu nos dias 17, 18 e 19 de maio em São Paulo, no Parque Ibirapuera.
O festival é conhecido por colocar a música em destaque e proporcionar uma experiência maravilhosa para todos os
espectadores. O evento passou por algumas alterações importantes, mas que mantiveram sua essência, mesmo alcançando
um público maior.
Deixando bem claro que, a segunda edição foi uma evolução da primeira, consolidando a mensagem de que o C6 Festival
valoriza o passado, presente e futuro da música, apresentando talentos do Brasil e do mundo, proporcionando um tipo de
experiência que você jamais teria em festivais aqui no Brasil.
O line-up teve destaques, misturou grandes nomes da musica internacional e novos talentos do Brasil e do mundo, bandas como,
Squid e o artista solo Jaloo, ao lado de Pavement, Cat Power e Black Pumas, proporcionando ao publico uma experiencia jamais
vista ou sentida em eventos já consagrados em território nacional, dividido em dois palcos principais, o C6 Festival 2024 ocupou
uma boa área do Parque Ibirapuera e, enquanto a Arena Heineken era bem espaçosa e com área gramada, a Tenda Metlife era
um local coberto com capacidade limitada, o que não foi um grande problema durante a maior parte do festival mas que é
um ponto a ser revisto caso ele abrigue shows maiores.
O C6 festival entregou ótimos shows, dentro de uma estrutura confortável para o público, mesmo que de alguma forma, na
transição dos dois palcos desse a sensação de estarmos transitando em dois eventos diferentes, talvez isso possa ser revisto
nas próximas edições do festival.
Para ir de um palco a outro, era necessário passar por uma saída do C6, andar pelo parque e entrar novamente, com direito à
pulseira sendo escaneada novamente.
Ainda assim, foram poucos os momentos em que houve algum tipo de problema nesse trajeto.
Fora isso o festival sem duvidas mostrou ao que veio, entregando ao público grande shows, e apresentações memoráveis.
Pavement, Paris Texas, Jair Naves, Cima Funk, Romy, Jaloo, Squid, Soft Cell, Black Pumas, entre outras atrações presenteou o
publico do festival com grandes performances.
Ao final das contas, o C6 Festival mostrou que é um evento pra lá de necessário no calendário brasileiro de festivais, que anda
tão repleto de fórmulas batidas e line-ups que parecem se repetir em diferentes cidades do país. O circuito de festivais precisa se
reinventar urgentemente, e o C6 Festival é um respiro na forma de um festival que fala de música, apresenta música, consome
música e devolve música, acima de tudo, para seu público.
Que venham muito mais edições!
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PRESENTE DE ANIVERSÁRIO
Por ROGÉRIO RIGONI
Fala, meninas e meninos do ROCK!
É, rapaziada, dia 30 de maio é meu aniversário e já ganhei presente adiantado.
Minha esposa achou um livro que se chama: “50 Fatos que mudaram a história do rock”.
No livro tem histórias de várias e vários nomes que mudaram a história da música. Vamos desde Elvis Presley, Beatles, Barry Gordy, Pete Townshend, Bob Dylan, Van Morrison, Jim Morrison, Festival Woodstock, David Bowie, Sinéad O’Connor, a chata e arrogante madonna (minúsculo mesmo) Oasis, Blur e por ai vá.
São várias histórias de cada artista, prisão, morte, assassinato e discos que são de enlouquecer.
É um livro gostoso de ler, as histórias são curtas, mas contém informações que eu não sabia, curiosidades bem legais.
Meu Deus, esqueci do Kurt Cobain!
Vou dar uma palhinha como começa a história do Kurt. “Na manhã de sua participação do famoso programa de tevê norte-americano Saturday Night Live, Kurt Cobain acordou e decidiu injetar heroína. Seu raciocínio era simples. Se ele se drogasse imediatamente, estaria bem quando o Nirvana aparecesse diante das câmeras. O único problema é que Cobain se tornara um viciado da pesada em heroína e precisava de cada vez mais droga para viajar.
Ele também estava tocando e gravando em uma cidade onde a heroína costumava ser mais forte que nós demais locais” e tem mais: “Todos ao seu redor estavam preocupados, principalmente os membros da banda, o baterista Dave Grohl e o baixista Krist Novoselic, que rezavam para ele jogar a seringa fora e voltar ao mundo”.
Por isso que Kurt se matou, ele sabia que não tinha mais jeito e que não queria largar seu vício, a heroína acabou com ele e tirou toda a perspectiva de vida que ainda lhe restavam.
Mas deixando esta história triste, tem muita coisa legal no livro, eu recomendo esta leitura, você vai se deliciar e assim como eu se surpreender.
A Ângela achou essa pérola no sebo, então para quem se interessou de uma passada em um sebo perto de você. Tomara que ache esse livro.
Espero que você tenha gostado do meu presente adiantado e corra atrás desse livro. Um ótimo final de semana e…
BORA PRO ROCK!